sexta-feira, 20 de abril de 2012

Pego-me olhando a tela de um computador ou a folha vazia de papel. Tento esboçar com bom entendimento algumas palavras, mas as mesmas me parecem desconexas. São tantas, que me torna quase impossível formular um pensamento. Esforço-me, rascunho mais um pouco e desisto. Há meses essa dificuldade em formular pensamento em texto me consome. Estranho, já que sempre me expressei tão bem com as palavras. Elas saem verbalmente, meio tortas, mas aparecem, e se escondem diante de uma forma mais convencional, com equilíbrio entre as partes do texto. Será equilíbrio o que me falta para conseguir colocar a "casa" em ordem? Torno a pensar, uma chuva de sentimentos e percepções desencontradas, não sei nem por onde começar. Do início seria uma boa ideia, mas o que seria o começo para uma mulher de 29 anos, com tantos percalços e tantas vitórias? Penso em me apresentar novamente ao mundo, com uma nova forma e maneira de pensar, paro um momento, muitas coisas me parecem muito similares. O que contar de novo então, se as situações se repetem?   Stop, mais uma pausa. Passo então a tentar descrever este momento, talvez único, em algumas palavras soltas. Vai que assim elas saem, meio soltas, mas com uma dose de ordem :
Família, sonho, amor, paixão, inércia, ansiedade, desequilíbrio, fortaleza, fraqueza, verde, melhor, pesadelo, vermelho, amizade, medo, atenção, coragem, construção, orientação, vestidos, solto, fraternidade, mãos, pensamentos, bloqueios, mochilas, novo, velho, amanhã, sol, fé, ontem, desencontro, cadernos, tensões, tesões, tristeza, risada, exagero, hoje, sempre, nunca, virtudes, vícios, mesmices, criações. 

Desbloqueei, e agora, será que vai?

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