sábado, 5 de maio de 2007

Toda forma de amor vale a pena..

“Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”...Grande mestre Tom Jobim, sábias palavras, porém com conotações múltiplas. Acredito que não podemos viver sós,mas que amor é esse que se faz necessário?
Amor materno? Paterno? Fraterno? Amor de homem? Amor a si próprio? Amor à vida? Amor ao próximo? É claro que, cada um dentro do seu eu, tem uma opinião formada a respeito dessas questões, mas, quem pode amar um outro sem amar a si mesmo em primeiro lugar? Como podemos nos dar valor se o “outro” é mais importante do que nós? Isso, na minha concepção, não existe. Por mais difícil que, por vezes, seja ficar sozinho, sozinho este na questão da relação homem-mulher, essa solidão não nos dói se somos equilibrados emocionalmente, e seguros diante dos rumos da nossa vida e de nossas posturas.
Quantas vezes não vi pessoas próximas chorando por homens que não lhes deram valor? Mas, peraí, essas mesmas se davam ao devido valor? Aí está a chave da questão, nós temos que nos colocar em primeiro plano, primeiro os nossos ideais, depois os comuns, e não que isso se chame egoísmo, mas apenas uma forma necessária de individualismo.
E como explicar esse individualismo? Amar não é compartilhar? Sim, exatamente, amar, qualquer forma de amar vale a pena quando trocamos experiências, quando nos doamos e recebemos algo em troca, sempre, mas desde que respeitadas as diferenças, os pontos de vistas, as individualidades. Abrir mão de um modo de ser, de amigos, de virtudes por exigência de alguém, por mais que esta pessoa nos queira bem, há de ser pensado, e muito bem pensado.
É triste ser só, mas uma pessoa com família, amigos, profissão, caráter, pode se sentir só por não ter um parceiro ao lado? Aff, qualquer mulher, ou homem, sabe que a coisa mais fácil do mundo é encontrar alguém, mas um alguém, e não O alguém, e essa mudança de artigo indefinido para definido faz toda a diferença.
Cada um dentro da sua idéia do que é bom para si mesmo deve procurar algo que nos acrescente de alguma forma, sejam namorados, ficantes, amigos, colegas, a única coisa que Deus nos impõe é a família, para essa não tem jeito, não tem como mudar. Mas a “família extra” que escolhemos depende de nós, como quase tudo na vida, depende, mais uma vez, de nossas opções, de nossas prioridades. Estar feliz consigo mesma é o essencial, a partir dessa premissa tudo se torna mais fácil, e mais prazeroso. Infelizes conosco, só nos depredamos, nos machucamos, e nos arrependemos dos nossos próprios atos.
Ouço muito por aí que devo abrir mais o coração, mas o considero tão aberto à vida. Tenho meus medos, sim, qualquer um os têm, mas acho que, para cada um, e em cada momento, há a coisa certa de se acontecer, e isso é uma forma de individualismo, sim, é claro.
Sonhar em casar e ter filhos? Nunca foi minha primeira opção, mas é tão bonito ter uma família como a minha, quem sabe um dia? Compartilhar experiências de vida, cumplicidade, olhares de compreensão, todos nós queremos, mas isso, às vezes, demora, demora, demora, normal.
Sabe qual meu maior sonho? Ser alguém capaz de ter orgulho de mim mesma, de ter firmeza nas minhas questões, de dar alegrias àqueles que sempre torceram por mim e estiveram ao meu lado, o resto é lucro.
Uma dica, que pode não ser a mais certa, siga a sua vida, o quem tem que ser será, não é mesmo?

“Vamos sair pra algum lugar, quem sabe até dançar, na beira mar, a lua linda vai clarear, tomar um chopp, dialogar, o que tem que ser será, não sei fingir se meu olhar só falta falar...” Sigam esse caminho aí que o Durval me ensinou, um dia, dá certo...enquanto isso, vida que segue, e não só, mas “considerando justa toda forma de amor”.....mestre Lulu Santos sabe tudo...

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