segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Amor...

Amor, ai o amor, o amor é a sementinha que permeia todas as relações do nosso dia a dia, ninguém vive sem esse sentimento, seja amor de pai e mãe, de irmão, de amigos, de homem-mulher, entre animais, e por que não do mesmo sexo? Enfim, o amor é nobre, é de graça, não se cobra, se tem, e é bom demais. O amor traz a felicidade, efêmera, ou não, o amor é medo e dor, o amor é liberdade, é explosão de sensações, de hormônios, é o despertar da vida.
Mas, se o amor é isso tudo, por que temê-lo, por que invejá-lo, por que não vivê-lo? Por carência, por falta, por demasia? Vejamos por casos, e nesse caso, o meu caso, e de mais alguns que tiveram a alegria de nascer em um lar de muito, mas muito amor.
Nasci no dia 17 de dezembro de 1982, perto da tão festiva, e talvez mais importante, data do ano, o Natal. Os cuidados poderiam estar todos virados para a festividade, para os presentes, para a comilança, mas não, eu fui cercada de muita atenção. Também pudera, primeira neta de duas famílias, poderia ser demais para um bebezinho de pouco mais de 50 centímetros, mas não foi, sempre quis mais, e mais ser o centro das atenções.
Lembranças, como gosto de tê-las, guardo esse saudosismo comigo ao, todo dia 17 de dezembro, pegar meu livro do bebê, e nele ressurgir com uma cartinha que meu avô Pedro escreveu pouco depois que vim ao mundo, expressando, pela voz de muitos que ali assinaram embaixo, a alegria de ter nascido sua neta, Débora, essa que vos escreve 24 anos, e alguns meses, após.
Depois dessa data, só tenho a agradecer o ninho que Deus me deu. Não tive avós, mas tive uma bisavó para ninguém colocar defeito, mas ninguém mesmo, com ela não se “tirava farofa”, era proteção demais para uma pequenina senhora, com um, opa, dois netos, já que meu irmão veio somente 11 meses depois, fazendo com que a sintonia fosse completa, até hoje. Formamos o feijão e o arroz da vida de nossos pais, avós, e dos demais que nos cercaram de carinho.
Crescendo juntos, eu e Diogo sempre fomos, e ainda somos, muito amigos, brigávamos, mas eu sempre perdoava, e ainda perdôo. Toda a atenção nos foi dada, em todos os sentidos, conhecemos todos os pontos turísticos, sabíamos o que era necessário saber, brincamos na rua, enfim, nos ensinaram tudo que precisávamos para um dia poder seguir em frente.
Bons alunos, despertamos, de cedo, o amor dos professores. Quietos, atentos, sábios, fomos crianças fruto do nosso lar, nunca com notas baixas, reclamações, puxões de orelha, tudo como deveria seguir o ritual. Estudar, ler e ouvir as histórias da vovó, assim se passaram anos e mais anos.
O tempo, ah o tempo, nos levou um avô e uma avó, um tio , uma madrinha, parentes próximos, o tempo nos tirou alguns amores, mas não tirou o amor de dentro de nossos corações.
Hoje, aos 24, quase 25, continuo tendo avô e pais, continuo a melhor amiga do meu irmão, tenho um cachorro, tenho grandes amigos. Enfim, contado um pouco da minha vida, volto ao ponto inicial, o amor. Não tem cor, credo, ciência, não tem dinheiro que pague o que eu recebi de amor durante toda a minha formação, não há agradecimento que chegue aos pés de noites insones de pai e mãe, de palavras certas, de conversas certas, de abraços fortes, de olhares de compreensão.
Se hoje sou o que sou, e ainda tenho muito que aprender, o que busco para mim, essa eterna garra de vencer, de ser alguém, e por mim, e é por eles, pai, mãe, irmão, avô, e é para você, Lourdes. Às vezes, em momentos de incompreensão, não entendo a raiva, a inveja, o ócio, a ignorância alheia, e, principalmente, não entendo por que uns escolhem viver a vida dos outros, colocando uma pedra em suas vidas, e colocando um peso na do próximo. Mas, não tenho por que entender, pessoas cercadas de amor não desenvolvem esse tipo de sentimento.
Mamãe e papai criaram, vovó e vovô ajudaram, e chegou a minha hora de estabilidade, para quem sabe, em um futuro, perpetuar a sementinha do amor.


2 comentários:

Unknown disse...

Amiga,
quando li seu texto me lembrei na hora do Barão Vermelho tocando essa música que, se não me engano, é da Angela Ro Ro... Linda,né!? Os príncipes encantados já tinham que vir com a letra decorada... heheh
bjs

Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões e as palavras

Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me sinta sem saber
Se sou fogo ou se sou água

Amor, meu grande amor
Me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente

Que tudo o que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo

Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira

Enquanto me tiver
Que eu seja a última e a primeira
E quando eu te encontrar
Meu grande amor, me reconheça

Anônimo disse...

Oi Debora, vc não me conhece, mas por acaso vi seu texto sobre o Amor e resolvi participar com minha modesta, porém sincera opinião.

Acredito que poucos temem o amor, mas sim a dor que ele pode provocar. Durante sua existência o amor só nos fornece ótimas sensações, experiências únicas e vontade de que nunca termine. Porém a "eternidade" do amor nem sempre é exatamente da maneira que imaginamos. Quando se perde alguém querido, teimamos em ficar triste por sua ausência. O que é dificil nessas horas é saber ver o amor que ficou, a vida que estará sempre em nós. As lembranças felizes e tudo o que aprendemos e que ensinamos durante toda a nossa convivencia.Uma pessoa só morre para nossos olhos, pois nosso coração acostuma-se a ver mais adiante e sempre continuará olhando pra quem se foi.

Assim funciona, ou deveria funcionar para nossos amores. Aqueles que temos que encontrar fora da família, fora dos amigos, aqueles que serão o resultado de uma busca. Mas será que é necessário buscar o amor? Será que como você disse, se já nascemos rodeado por ele, porque teremos que ir busca-lo para continuar a viver. Talvez seja melhor esperar pelos Sinais. Como diria Drummond, "Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente."

Então o que é amor de verdade?E o que é paixão? Como saber? E se ao descobrir eu correr o risco de conhecer a dor também?
Vou te dizer, acho q amor, é quando vc espera nervoso pelo encontro como se fosse um adolescente novamente, é quando fica ansioso antes de dar o primeiro beijo e ainda imagina como vai ser, inumeras vezes antes dele acontecer realmente. È quando vc tem certeza que a mulher ao seu lado é a mulher da sua vida, sem nem ao menos saber o que realmente vai ser da sua vida. É quando vc se sente sozinho e a primeira pessoa que pensa pra dar uma abraço é ela. É quando vc está P..da vida e a primeira pessoa que vc pensa em brigar é ela, pq sabe que por mais que tente, não vai conseguir brigar de verdade e vai terminar pedindo um abraço. Mas mesmo que brigue, perdoará ou pedirá perdão.É querer fazer uma surpresa, mesmo que seja numa qurta-feira à tarde chuvosa e você não tenha motivo nehum pra lhe fazer essa surpresa. É adorar todas as sua qualidades, mas principalmente é amar todos os seus defeitos.É querer lhe dar o mundo, mesmo que o "querer" não seja o "poder".Mas é lutar para que toda pequena conquista seja uma pedaço de um mundo melhor que vc possa oferecer. É achar que domingo num sofá vendo um progrma de auditório na TV e com uma tempestade tropical do lado de fora é o um dia perfeito, desde que esteja ao lado dela (e com uma macarronada e um bom vinho pra amenizar a realidade, pq niguém é de ferro..rs).É lebrar de cada pedacinho dos momento vividos e sentir o cheiro, ouvir a voz e escutar seu coração mesmo muito tempo depois, mesmo estando distante e mesmo sabendo que nunca mais nos veremos...

É ai que se conhce a Dor do amor. É saber que tudo isso que caracteriza ele, não acontecerá novamente. É sentir a falta de ar e a incerteza de que isso tudo valeu À pena. Pra que amar se isso vai acabar um dia. Será que eu viviria isso denovo? Eu posso dizer que sim. Acho que faria tudo isso novamente, mesmo sabendo que posso sentir novamente essa dor insuportável. Pq realmente não vou ver mais com os olhos, meu coração vai aprender a ver melhor. Ver a mudança, pois o amor não se acaba, ele apenas se transforma. E quando o amor de alguém que vc acha q amou verdadeiramente se transforma em algo como uma uma bonita recordação, uma amizade ou apenas uma saudade de tempos que não voltam, isso quer dizer que vc ainda não encontrou o amor verdadeiro. E como podemos saber onde e como enocontra-lo? Nunca saberemos. Olhe os sinais, se torne feliz antes de querer que a felicidade venha até vc. Pois o caminho da felicidade não começa nas pessoas e nas coisas para chegar até você, mas começa sempre dentro de você para chegar até aos outros.