É bem engraçado imaginar minha vida hoje e minha vida há um tempo atrás, pouco tempo atrás. Sábado à noite, e me encontro no melhor estilo Carrie Bradshaw, em frente a uma tela de computador refletindo acerca dos problemas cotidianos, trabalho, amor, e, quem sabe, esperando a ligação de um Big brasileiro. Mulheres e seus devaneios, mulheres, sejam elas de NY, sejam elas do Rio de Janeiro. E nas horas de insônia, solidão, insatisfação, nas horas de festa, alegria, de desejos, nada melhor do que cinco minutinhos, transformados em palavras, de forma que tudo que perpassa pela nossa mente, em um dado momento, se materializa em um texto para o futuro, para a humanidade, para nossos filhos, nossos netos. Não é necessário nenhum momento especial para que as palavras sejam nossas grandes aliadas, as palavras, literalmente, significam e dizem tudo. Se um dia não conseguir mais transmitir meus anseios e sonhos pelo olhar, que estes sejam feitos por palavras, olho no olho, email, carta, enfim, um texto sempre lerá a fundo a minha essência, porque escrever faz parte de mim, dos meus dias, do meu tempo, da minha trajetória. Mas, enfim, voltando ao início do fim...Encontro-me em casa a escrever sobre os pensamentos da vida em pleno sábado à noite, na chamada flor da idade, com milhares de pistas refletindo o ideal dessa minha juventude. Farras em todos os cantos do Rio de Janeiro, e do mundo, e milhares de corações querendo encontrar um outro, com quem possam partilhar mais noites de sábado à noite em casa, claro que há exceções. A diferença da minha vida hoje para dois anos atrás se resume, muito, a isso, hoje não procuro por aquilo que dentro me completa. Se posso sentar, escrever um texto e expor minhas ideias, para que esquentar cabeça em uma busca desenfreada para achar alguém ou alguéns? Isso nunca foi,na verdade, meu perfil, mas hoje em dia me resumo a deixar a vida acontecer como as coisas têm que ser, e na hora que devem ser, e não sou eu que digo essa hora.
Tenho me irritado com pessoas e pensamentos fúteis, tenho me irritado com a mesmice do cotidiano, com as regras e com a hierarquia. Tenho me irritado em viver em uma cidade subdesenvolvida, entregue ao medo e ao caos. Tenho me irritado com gente que sempre busca casos e acasos, como se a vida fosse isso, e somente isso. Essa noite estou tomando ciência de algumas coisas que ainda me pareciam obscuras. O mundo do eu comigo mesma precisa estar em paz, e, dentro desse universo, se a máquina funciona bem...ela terá forças para se manter nessa lama que se encontra ao nosso redor. Os pensamentos vem e vão, mas as ações que instauram esses pensamentos só partem de um corpo corajoso e de uma mente sã. Infelicidade caminha lado a lado com falta de coragem? Coragem? - Oi, Débora, chegou a sua hora.
*Amanhã vou reler este texto, que, com certeza, está tão confuso quanto minha mente agora...
Até domingo...
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